O que você tem feito?

  

   "Estou convencido de que só conseguirei chegar ao Pai, à Vida, à Libertação, à Ressurreição, ao Esplendor, quando lograr avançar pelo "caminho estreito" até me cristificar, aperfeiçoando-me no amar, no servir, no perdoar, no renunciar, na vitória sobre as trevas e sobre desejos e apegos, e finalmente quando, libertado das garras de meu "eu" pessoal, entronizar o Cristo em meu coração, quando me tiver tornado o "homem ovo", conforme falava São Paulo." - 365 dias com Hermógenes. (Dia 30 de julho)

    A medida que os anos vão passando e as tecnologias avançam, olhamos cada vez mais para baixo, para nossos smartphones, tablets e computadores, e esquecemos de elevar o olhar para as pequenas graças da vida. Quantas vezes hoje você olhou para os céus e agradeceu por estar vivo, por ter uma casa, por ter uma cama e alimento? Quantas vezes já valorizamos o que temos? É mais fácil contar as vezes que abrimos a boca para reclamar de tão pouco, guiados pelo egoísmo.
   Quando valorizamos o que temos, nosso coração se engrandece de paz e gratidão. Dessa forma todo o corpo e espírito se regojiza, e busca proporcionar esse estado para o próximo, através de atos de caridade e amor para com o irmão que não possui o que tivemos a graça de ter. Pois nem todo o dinheiro do mundo é o suficiente para comprar a real felicidade, e essa nós obtemos na pessoa de nossos irmãos.
   Esses dias refleti sobre meu comportamento com as pessoas que me incomodam. É fácil tratar bem quem nos deixa feliz, quem é nosso amigo, quem nós amamos. Mas o desafio é maior em amar aquelas pessoas que parecem sugar nossa energia, que nos fazem mal, falam pelas costas ou parecem nos ameaçar. Durante pouco tempo eu podia dizer que agia de forma muito prejudicial para mim mesma, eu absorvia aqueles sentimentos. O mal estar transparecia em dores físicas e pesar emocional, mesmo sabendo que o perdão e compreensão era necessário, abaixar a bandeira do orgulho me impedia de alcançar minha paz interior, a oração me fez colocar isso em prática.

  Procurar enxergar Deus nas pessoas que me faziam ter sentimentos como raiva, ciúme e remorso, e ver que elas são muito semelhantes á mim e que o Pai as ama também, e que meu dever como cristã é dar amor e perdão, eu vi que não tinha sentido eu abrir a Bíblia todos os dias e orar, sendo que no outro dia eu estava sentido todas aquelas sensações infelizes.
  Seguir o caminho estreito e apertado nos faz passar por muitas barreiras que nós mesmos criamos dentro de nós, seguir esse caminho é como entrar em uma piscina funda quando se está aprendendo á nadar, a gente dá uns passos na ponta dos pés, ás vezes perdemos o chão e achamos que vamos afogar, mas seguir este caminho é ter a certeza que o Pai está ali para nos puxar pra cima de novo.

Atenciosamente,
S.